Criança hospitalizada

A hospitalização infantil é uma experiência traumática para a criança, pois limita-a e restringe-a a um ambiente quase sempre sentido como hostil, ameaçador e estranho à sua realidade.
Utilizar estratégias para formação de vínculo, acolhimento, intervenção e atendimento para melhoria da qualidade à assistência à criança enferma, são necessidades que precisam ser focadas pelos profissionais da saúde.
A arteterapia pode ser uma estratégia válida na intermediação com a criança hospitalizada, pois quando a criança doente se engaja em fazer arte, esta sente-se produtiva, fica mais comunicativa, expressa os seus sentimentos e vivência a experiência com menos trauma e maior participação no seu processo de cura.
Participar no trabalho criativo com um acompanhamento psicológico e direpcionado para o processo terapêutico, auxilia na aceitação de procedimentos, na vinculação com a equipa médica, na compreensão de suas limitações e na mobilização para a sua melhora.
A psicologia hospitalar, neste contexto, por meio do atendimento e intervenção, utilizando-se do lúdico e instrumentos que facilitem essa comunicação, contribui para humanizar o ambiente, diminuir as resistências e o medo da hospitalização e para uma contribuição diagnóstica diferenciada, na qual os sentimentos e o sofrimento da criança é incorporado no processo da assistência à saúde.
Por meio das brincadeiras, da criação e das produções artísticas a criança reestrutura-se, sente-se mais forte e com energia, alimenta seu vínculo com a vida e com a saúde, aumenta a sua esperança, ganha autonomia e tem um canal aberto para expressar as suas emoções.
A arteterapia tem sido usada com uma variedade de populações pediátricas e clínicas médicas, incluindo crianças com cancro, doença renal, artrite reumatóide juvenil, dor crónica, queimaduras, etc.

Comentários