Intoxicação alimentar

A intoxicação alimentar ou gastrointestinal geralmente é o resultado de uma reacção à comida ou à água contaminadas durante a preparação, manipulação ou armazenamento dos alimentos.
Os “contaminantes” mais comuns são as bactérias, especialmente a salmonela. Outros contaminantes incluem os vírus, os parasitas (vermes) e as toxinas.

Por norma, conduz a um desconforto gastrointestinal severo que é acompanhado de cólicas abdominais, vómitos e diarreia.
Embora comum, frequentemente pode ser prevenida facilmente. Calcula-se que 85% das comidas deteoradas podem ser evitadas controlando-se a preparação dos alimentos, seguindo-se as normas de higiene.
Normalmente, a intoxicação alimentar melhora dentro de um ou dois dias. Porém, em alguns casos, a intoxicação alimentar é bastante perigosa.
Os sintomas de intoxicação alimentar incluem:
- Náuseas;
- Fraqueza geral ou cansaço;
- Dor de cabeça;
- Dor abdominal e cólicas;
- Vómitos abruptos e diarreia.
Diagnóstico
Como a intoxicação gastrointestinal normalmente melhora quando o contaminante ou a toxina são eliminados do organismo, nem sempre os médicos podem determinar a causa exacta dos sintomas.

Se os sintomas persistem por mais de 48 horas, pode ser necessário examinar uma amostra de sangue, fezes ou a comida em questão. A amostra pode ser encaminhada para cultura (exame para ver o crescimento dos microorganismos para que assim eles possam ser identificados).

Até 80% das intoxicações gastrointestinais estão relacionadas ao consumo de comidas industrialmente preparadas ou comidas de refeitórios comunitários. Em tais casos, questionar outras pessoas que ingeriram as mesmas comidas pode ajudar a determinar a causa.

Informações sobre a duração entre a refeição e o começo dos sintomas podem ajudar a diagnosticar o problema:
- Menos que uma hora sugere que uma toxina está envolvida;
- Várias horas ou mais sugere uma infecção bacteriana;
- Mais que 12 horas sugere uma infecção viral.
Tratamento
Em geral, o tratamento consiste em repouso e ingestão de líquidos para evitar a desidratação. Em caso de diarreia, oferecer alimentos que “prendam” o intestino, fontes de fibras solúveis.
Comidas leves (bolacha de água e sal, puré de batata e arroz, entre outros) são mais adequadas. Evitar açúcar, mel e doces em geral, bebidas com gás, vegetais folhosos (alface, agrião, espinafre) cereais integrais (pois aceleram o trânsito intestinal), leguminosas e frutas laxantes (como ameixa, laranja e melão).
O uso de medicamentos só é recomendado para doentes com sintomas graves – se a diarreia durar vários dias, por exemplo.

Seja qual for o caso, deve consultar-se o médico.

Fonte: revista Crescer

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