Síndrome do pânico

O que é?

É um ataque repentino de pânico, ou seja, de repente sente-se algumas alterações no corpo, que causam desconforto e medo de morrer de um ataque cardíaco, derrame ou coisa parecida. Neste momento, a pessoa desconecta-se do mundo e passa a perceber apenas as reacções do seu corpo. Uma vez em pânico, ela vai sentir sensações sufocantes como dor no peito, falta de ar, formigamento nas mãos e passa a acreditar que está a ter um ataque, são sensações horríveis e reais. É muito comum a pessoa sair abruptamente do local e procurar ajuda num local de emergência médica.

Incidência
A síndrome do pânico acomete, principalmente, mulheres ( na proporção de 2:1 em relação aos homens), no final da adolescência e início da juventude, mas pode ocorrer em qualquer idade.
A partir da primeira crise é comum o medo e a ansiedade antecipatória de ter outra parecida. A pessoa passa a ter medo de sentir medo e começa a restringir alguns locais ou situações que possam colocá-lo novamente em pânico - é o que chamamos de fobia.
Além desta ansiedade e de várias fobias, o portador também se preocupa em evitar lugares cheios demais, ou muito fechados que não dá para fugir se precisar de ajuda imediata - agorafobia.
Muitas vezes, o portador de pânico pode ser visto como uma pessoa medrosa, fraca e às vezes as pessoas não têm muita paciência, principalmente se já foram feitos vários exames e nada foi detectado.

Sintomas

Os principais sintomas da síndrome do pânico são:
  • Taquicardia;
  • Sudorese;
  • Falta de ar;
  • Tremor, fraqueza nas pernas;
  • Ondas de calor e frio;
  • Tonturas;
  • Sensação que vai desmaiar, ter um enfarte, derrame;
  • Pressão na cabeça;
  • Sensação que o ambiente é estranho (perigoso);
  • Perigo de morte;
  • Medo de sair de casa;
  • Medo de fazer as coisas mais simples como viajar, dirigir, ir a lugares com muita gente, cinema, feiras, etc.
Causas
O stress é uma das principais causas da síndrome do pânico, sendo responsável por 80% das crises. As drogas representam outro enorme factor de risco. Desde os “energéticos”, na realidade estimulantes do sistema nervoso, até, evidentemente, às drogas ilícitas.
Também o abuso de medicamentos, doenças físicas, drogas ou álcool; a reacção a um stress ou situação difícil e/ou predisposição genética, são factores que podem desencadear as crises.

Tratamento
Sem tratamento adequado, a síndrome do pânico é altamente incapacitante. No tratamento da síndrome, são utilizados medicamentos para a crise de pânico, habitualmente antidepressivos, acompanhado de psicoterapia comportamental e cognitiva. Para as sequelas da síndrome do pânico, nos medos decorrentes, a medicação não actua. O tratamento de escolha é a psicoterapia comportamental e cognitiva. O mesmo se aplica ao trabalho necessário para reconduzir o paciente à sua vida normal.
Reabilitação
Apesar da gravidade dos sintomas, a síndrome do pânico mostra bom prognóstico ao tratamento: cerca de 70 a 90% de recuperação. Mas o INMH (Instituto Nacional de Saúde Mental dos EUA) adverte que apenas um terço das pessoas que tem síndrome do pânico recebe tratamento adequado.
Desse modo, percebe-se a necessidade de se procurar auxílio de um psicólogo quando o indivíduo se ve acometido por sintomas da síndrome. A psicoterapia ajuda a trabalhar a ansiedade, as fobias e a mudar a atitude perante a doença. O entrosamento e a vontade de se curar do paciente é fundamental para o sucesso do tratamento. Pode ser necessário, também, iniciar um tratamento psiquiátrico, com antidepressivos e/ou ansiolíticos, para acabar com os efeitos físicos, provocados pelo desequilíbrio bioquímico.
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