Doenças raras...o que são?


São doenças que afectam um pequeno número de pessoas. Mas a falta de conhecimentos científicos e médicos traz consigo um elevado sofrimento.

As doenças raras – também designadas como doenças órfãs – são aquelas que afectam um pequeno número de pessoas, por comparação com a população em geral. Ocorrem com pouca frequência ou raramente. Existem ainda variantes raras de doenças frequentes. Na Europa, uma doença é considerada rara quando afecta uma em duas mil pessoas.

A definição de doença rara é, portanto, conjuntural, na medida em que depende do período de tempo e do espaço geográfico que estão a ser considerados. Por exemplo, a sida já foi considerada uma doença rara, mas, hoje em dia, está em expansão. A lepra, por seu turno, é rara em França, mas frequente na África central.

São conhecidas cerca de sete mil doenças raras, mas estima-se que existam mais e que afectem entre seis a oito por cento da população – entre 24 e 36 milhões de pessoas – na União Europeia. Esse número está em crescimento, uma vez que são reportadas, na literatura média, cinco novas doenças por semana.

A maioria das doenças raras – 80 por cento – tem subjacente uma alteração genética. Existem ainda doenças raras de origem infecciosa (bacteriana ou viral), alérgica e profissional. Existem também doenças raras causadas por envenenamento.

- São doenças crónicas, graves e degenerativas e colocam, muitas vezes, a vida em risco;
- Manifestam-se na idade adulta;
- Apresentam uma grande diversidade de distúrbios e sintomas, que variam não só de doença para doença, mas também de doente para doente;
Têm associado um défice de conhecimentos médicos e científicos;
- São muitas vezes incapacitantes, comprometendo a qualidade de vida;
- Muitas não têm tratamento específico, sendo que os cuidados incidem, sobretudo, na melhoria da qualidade e esperança de vida;
- Implicam elevado sofrimento para o doente e para a sua família.

A natureza das doenças raras – falta de conhecimentos científicos e médicos – cria problemas específicos:
- Dificuldades de diagnóstico – muitas vezes é feito tardiamente;
- Escassez de informação;
- Dificuldades na orientação para profissionais de saúde qualificados;
- Problemas no acesso a cuidados de saúde de alta qualidade – pois a comunidade médica sabe - relativamente pouco sobre estas doenças; há pouca investigação e o desenvolvimento de medicamentos para um número limitado de doentes é travado pelos imperativos comerciais;
- Dificuldades de inserção profissional e cidadania;
- Frequente associação com deficiências sensoriais, motoras, mentais e, por vezes, alterações físicas;
- Vulnerabilidade a nível psicológico, social, económico e cultural;
- Inexistência de legislação.

Os medicamentos órfãos são medicamentos desenvolvidos para tratar doenças raras, ao abrigo de legislação promotora de apoios à investigação e à exclusividade de mercado.

Para saber mais, consulte:
Orphanet
Eurordis – Europe Organization for Rare Diseases
Rarissimas

 
Fonte: Portal saúde

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